sexta-feira, 5 de junho de 2009

1º Encontro Gestar II - 15 / 05 / 09

A primeira oficina do Gestar II aconteceu na Escola Municipal Doutor Justino Pereira, em Miraí. Estudamos as unidades 9 e 10 da TP3 - Gêneros e Tipos Textuais.

Antes do início dos trabalhos, fizemos uma leitura compartilhada do texto A Conquista do Sucesso, autor desconhecido, para reflexão.

Sucesso... o que é Sucesso?

O sucesso é algo que não se ganha, ele é conquistado quando a sinceridade, humildade e perseverança mora dentro de nós.
No dicionário, temos como significado conclusão, resultado bom, acontecimento de grande êxito ou artista de grande popularidade. Mas sucesso é muito mais que isso.
Normalmente vemos a palavra sucesso ser muito associada à fama. Então apenas os famosos têm sucesso?
O sucesso também não é uma herança genética. Essa história de filho de peixe, peixinho é não é regra.
A interpretação de sucesso vai muito além de simples palavras e histórias.
Ninguém ganha sucesso. Ele é conquistado. E essa conquista é fruto de uma busca constante. A busca pelo sucesso deve vir de dentro da pessoa.
A conquista do sucesso é conseqüência de atos bem feitos. Pode ser em várias áreas, como pessoal e profissional, que são áreas onde a busca pelo sucesso é maior.
Ao se decidir buscar o sucesso, a primeira etapa já está ganha, pois isso já faz seus atos serem mais corretos e melhores.
Como tudo o que acontece atualmente, vemos pessoas conquistando o sucesso de forma ilícita. No entanto, esse sucesso é passageiro.
A pessoa que conquista o sucesso de forma natural, não faz sacrifícios. E quanto mais natural a busca, mais longo será seu sucesso.
Para iniciar essa busca, primeiramente é preciso definir seus princípios e objetivos. Então, se você quiser conquistar o sucesso , busque-o primeiro dentro de você, para depois mostrá-lo ao mundo!

1º momento: Dinâmica - identificamos alguns dos diversos Gêneros Textuais existentes, utilizando dessa forma o conhecimento prévio de cada professor cursista. Através desta, discutimos as diferenças entre Gêneros e Tipos Textuais.

2º momento: Observamos cinco figuras que captam um momento de pessoas em atividade. Depois discutimos sobre cada uma delas em relação ao que considerávamos como sendo trabalho. E se estava relacionada ao Preconceito ou Prestígio, perante a sociedade. Seção 1, unidade 9, págs 15 e 16.




"Gênreros textuais são maneiras de organizar as informações linguísticas de acordo com a finalidade do texto, com o papel dos interlocutores e com as características da situação.

Aprendemos a reconhecer e utilizar gêneros textuais no mesmo processo em que "aprendemos" a usar o código linguístico: reconhecendo intuitivamente o que é semelhante e o que é diferente nos diversos textos.

Do mesmo modo que desenvolvemos uma competência linguística quando aprendemos o código linguístico, desenvolvemos uma competência sociocomunicativa quando aprendemos comportamentos linguísticos. A identificação dos gêneros está incluída nesta competência linguística."

3º momento: Dinâmica – Com o intuito de dar continuidade a abordagem do tema Trabalho analisado na atividade anterior, foram distribuídas várias imagens de pessoas realizando algum tipo de atividade e, logo em seguida, tivemos que identificar quais eram trabalhos ou não, do ponto de vista dos professores. No decorrer de todo o processo foram levantadas as seguintes hipóteses: Trabalho tem que ser penoso? Trabalho pode ser diversão? Para ser considerado trabalho tem que ter necessariamente remuneração? Todas as atividades realizadas que utilizam energia pode ser classificado como sendo trabalho?

"Pois é. Nosso entendimento do que seja trabalho nos leva, como "leitores" dessas imagens, a identificar como trabalho, por exemplo, oito, nove ou todas essas atividades.

No caso dessa coletânea de figuras, identificamos todas as atividades expostas como trabalho se tivermos a ideia, por exemplo, de que trabalho é "qualquer atividade coordenada dirigida a um determinado fim", como diz o dicionário. Se, de modo diferente, a ideia for que trabalho está ligado a dinheiro e deve ter, necessariamente, como retorno alguma forma de remuneração, algumas das atividades mostradas podem não se caracterizar como trabalho.

Assim como as ideias que temos sobre trabalho dependem de nossa vivência, de nossa história de vida, também o reconhecimento dos padrões de organização de textos depende do que já assimilamos sobre o que seja uma biografia, uma receita, uma nota de compra, um bilhete, uma carta, uma propaganda, um sermão, uma conversa de telefone, uma aula, etc."

4º momento: Analisamos 3 gêneros textuais e classificamos como: Biografia, Receita e Publicitário ou Propaganda. Seção 1, unidade 9, págs 19 e 20.

5º momento: Dinâmica – Gênero: Verbete. Foram distribuídos para os cursistas 16 verbetes com as suas acepções. Detalhe: estavam todos embaralhados, o objetivo era encontrar a acepção correspondente a cada verbete.

Verbetes: Professor / Aluno / Caderno / Livro / Caneta / Lápis / Borracha / Giz / Jogador / Campo / Bola / Trave / Árbitro / Bandeirinha / Apito / Chuteira.

Acepções:

1- Substantivo masculino.
1.Edit. Conjunto de folhas de papel, em branco ou pautadas, que formam livro (1).
2.Conjunto de folhas impressas, ger. com 4, 8, 16 ou 32 páginas de um livro, na fase de acabamento deste.
3.Jorn. Parte de um jornal, formada por folhas encasadas que constituem uma unidade.

2- Substantivo masculino.
1.Reunião de folhas impressas presas por um lado e enfeixadas ou montadas em capa.
2.A obra intelectual publicada sob a forma de livro (1).
3.Registro para certos tipos de anotações, sobretudo comerciais.

3- Substantivo masculino de dois números.
1.Pequeno cilindro de grafita, etc., envolvido em madeira, para escrever ou desenhar.

4- Substantivo feminino.
1.Substância elástica sintética, ou feita do látex da seringueira e doutros vegetais.
2.Esse látex beneficiado, para a indústria.
3.Pedaço de borracha para apagar traços do desenho e da escrita.
4.Odre de couro bojudo, com bocal, para conter líquidos.
5.Mangueira1 feita de borracha.

5- Substantivo masculino.
1.Aquele que recebe instrução e/ou educação de mestre(s), em estabelecimento de ensino ou particularmente; estudante.

6- Substantivo masculino.
1.Aquele que ensina uma ciência, arte, técnica; mestre.
§ pro.fes.so.ral adj2g.

7- Substantivo feminino.
1.Pequeno tubo onde se encaixa a pena ou a ponta com que se escreve a tinta.

8- Substantivo masculino.
1.Min. Calcário de fácil fragmentação e que contém sílica e argila; greda.
2.Bastonete de giz (1), para se escrever em quadros-negros.

9- Substantivo masculino.
1.Aquele que joga por esporte, hábito, profissão ou vício.

10- Substantivo masculino.
1.Extensão de terra sem mata, e que tem ou não árvores esparsas.
2.Grande terreno com pastagens ou destinado ao cultivo agrícola.
3.Zona fora do perímetro urbano das grandes cidades, na qual predominam as atividades agrícolas.
4.Matéria, assunto.
5.Área ou setor de conhecimento ou atividade; âmbito, domínio, esfera, campo de ação.
6.Fís. Região do espaço em que se pode observar certo efeito ou medir determinada grandeza. [Um campo é designado segundo a natureza da grandeza ou do efeito medidos: campo elétrico, gravitacional, magnético.]
7.Local preparado e demarcado para a prática de certos esportes.

11- Substantivo feminino.
1.Qualquer corpo esférico.
2.Qualquer coisa a que se dá feitio de bola; bolo.
3.Artefato esférico, ger. de borracha, que pode saltar e é us. em vários esportes.
4.O futebol.
5.Juízo, siso.
6.Bras. Piada, chiste.
7.Bras. Comida envenenada para matar cães.

12- Substantivo feminino.
1.Peça grossa de madeira para sustentar o sobrado ou o teto duma construção.
2.Viga.
3.Esport. No futebol, cada uma das hastes verticais que sustentam o travessão e delimitam, com este, o gol.

13- Substantivo masculino.
1.Aquele que dirime questões por acordo das partes litigantes ou por designação oficial.
2.Juiz (5).

14- Substantivo de dois gêneros.
1.Auxiliar do juiz, que acena com uma pequena bandeira ao notar infração.

15- Substantivo masculino.
1.Instrumento para assobiar; assobio.
2.Silvo (1).

16- Substantivo feminino.
1.Sapato dotado de travas na sola, para se jogar futebol.

6º momento: Lemos os textos "A cigarra e as formigas – A formiga boa / A formiga má", de Monteiro Lobato. Discutimos a ideia de trabalho que estava por trás da atitude de cada formiga. Seção 3, unidade 9, págs 36 e 37.

A Formiga Boa

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas. Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas. A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém. Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu - tique, tique, tique... Aparece uma formiga, friorenta, embrulhada num xalinho de paina. __ Que quer? __ perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir. __ Venho em busca de um agasalho. O mau tempo não cessa e eu... A formiga olhou-a de alto a baixo. __ E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa? A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de tosse: __ Eu cantava, bem sabe... Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas? __ Isso mesmo, era eu... __ Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo. A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.

A formiga Má

Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a repeliu de sua porta. Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com o seu cruel manto de gelo. A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro, e o inverno veio encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se, nem folhinhas que comesse. Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou __ emprestado, notem! __ uns miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o tempo o permitisse. Mas a formiga era uma usuária sem entranhas. Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres. __ Que fazia você durante o bom tempo? __ Eu... eu cantava!... Cantava? Pois dance agora, sua vagabunda! __ e fechou-lhe a porta no nariz. Resultado: a cigarra ali morreu esticadinha; e quando voltou a primavera o mundo apresentava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente daquela cigarra morta por causa da avareza da formiga. Mas se a usuária morresse, quem daria pela falta dela?

"Para a formiga boa, trabalho não é necessariamente profissão. Ela considera o trabalho como atividades intelectuais ou artísticas para um determinado fim. Houve um reconhecimento pela atividade profissional do músico - é possível fazer essa inferência, pois a formiga reconhece o valor do canto da cigarra e de certa forma tenta recompensá-la por ter proporcionado alegria e alívio durante o período em que se dedicava ao trabalho, a vida cotidiana. Para a formiga má, trabalho é apenas o que produz resultados imediatos; é uma obrigação social, uma ocupação, um ofício, profissão; não representa uma aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim, nem é uma atividade coordenada de caráter intelectual."

7º momento: Lemos o texto O operário em construção, de vinícius de Moraes. Seção 2, unidade 10, págs 68 e 69.

(...)

E um fato novo se viu

Que a todos admirava:

O que o operário dizia

Outro operário escutava.

E foi assim que o operário

Do edifício em construção

Que sempre dizia sim

Começou a dizer não.

E aprendeu a notar coisas

A que não dava atenção:

Notou que sua marmita

Era o prato do patrão

Que seu macacão de zuarte

Era o terno do patrão

Que o casebre onde morava

Era a mansão do patrão

Que seus dois pés andarilhos

Eram as rodas do patrão

Que a dureza do seu dia

Era a noite do patrão

Que sua imensa fadiga

Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!

E o operário fez-se forte

Na sua resolução.


8º momento:
Ouvimos a música Construção, de Chico Buarque. Seção 2, unidade 10, pág 71.

Amou daquela vez como se fosse a última

Bejou sua mulher como se fosse a última

E cada filho seu como se fosse o único

E atravessou a rua com seu passo tímido

Subiu a construção como se fosse máquina

Ergueu no patamar quatro paredes sólidas

Tijolo com tijolo num desenho mágico

Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado

Comeu feijão com arroz como se fosse um náufrago

Dançou e gargalhou como se ouvisse música

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado

E flutuou no ar como se fosse um pássaro

E acabou no chão como um pacote flácido

Agonizou no meio do passeio público

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

(...)

Amou daquela vez como se fosse máquina

Beijou sua mulher como se fosse lógico

Ergueu no patamar quatro paredes flácidas

Sentou pra descansar como se fosse um pássaro

E flutuou no ar como se fosse um príncipe

E se acabou no chão como um pacote bêbado

Morreu na contramão atrapalhando o sábado.

9º momento: Comparamos os dois textos, discutindo dessa forma, a visão que cada operário tinha do trabalho, ou seja, as formas diferentes de se rebelar.

10º momento: Foi solicitado como tarefa de casa aplicar uma das sugestões do avançando na prática das Unidades 9 e 10.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo teu blog e pelo sucesso do Gestar II em Miraí!!!

    Abraços,

    Lucas Neiva

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